segunda-feira, 28 de junho de 2010

Confiança do consumidor atinge 2ª melhor marca


Otimismo em junho alcançou 118,5 pontos e só ficou inferior ao apurado em março de 2008:120 pontos.


Favorecido pelo bom momento da economia, e por notícias otimistas em relação ao mercado de trabalho e à renda, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em junho atingiu o segundo melhor nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005. O otimismo neste mês alcançou 118,5 pontos (em uma escala de 0 a 200 pontos) e só ficou inferior ao apurado em março de 2008 (120 pontos), antes da crise financeira internacional começar.
Em junho, o cenário foi tão positivo que o consumidor até absorveu o impacto do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e registrou o mais alto patamar de intenção de compra de bens duráveis, como automóveis e geladeiras, em mais de dois anos.
O ICC avançou 1,9% em junho ante maio, a segunda maior variação do ano, atrás apenas para a de abril, quando o indicador subiu 3,7% em relação ao mês anterior.
Na prática, não houve nenhuma informação nova neste mês que ajudou a impulsionar o avanço da confiança. Economistas observaram que a continuidade de boas notícias na economia ajudou a montar o cenário favorável mostrado pelo indicador no mês de junho.
Emprego – A avaliação sobre o mercado de trabalho foi a melhor da série histórica da pesquisa, pela sexta vez consecutiva. Isso ajuda a tornar mais positivas as expectativas de poder aquisitivo do brasileiro. Tanto que, em junho, as estimativas quanto às finanças familiares para os próximos seis meses atingiram o melhor nível desde maio de 2008.
As medidas de incentivo fiscal anunciadas pelo governo federal no início do ano passado, como a redução do IPI para automóveis e produtos de linha branca, tiveram impacto na melhora de intenção de consumo entre as famílias.
Segundo estudos, a recuperação sustentável da confiança começou apenas em julho do ano passado, de forma gradual e ainda mostrando sinais de cautela, por parte do consumidor.
Agora, o brasileiro percebe que a economia continua a mostrar sinais positivos. O mercado de trabalho mostra bom desempenho, com expectativas de abertura de vagas e maior facilidade na conquista de empregos. Isso influencia o potencial de consumo.
Inflação – As projeções de inflação também ajudaram a manter positivo o humor do consumidor em junho. A estimativa para os próximos 12 meses, apurada junto ao consumidor, não subiu e manteve-se em 6,4% de maio para o mês de junho.
A melhora do otimismo do consumidor quanto ao futuro é perceptível no salto da intenção de compras de bens duráveis, que atingiu o mais elevado nível desde maio de 2008.
A parcela dos consumidores que planejam elevar o volume de compras de bens duráveis nos próximos seis meses subiu de 14,1% para 15,5% de maio para junho. No mesmo período, caiu de 28,1% para 27,3% o percentual de consumidores entrevistados que apostam em recuo na compra de duráveis no futuro.

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