quarta-feira, 5 de maio de 2010

Comércio cresce nas vendas a vista e a prazo.


O crescimento das vendas do varejo e à volta do movimento aos patamares anteriores à crise econômica mundial vieram para ficar. Os números do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) no mês de abril e no acumulado do ano confirmam isso. Nos dois períodos, na comparação com 2009, há expansão tanto nas transações à vista quanto nos parcelamentos.


No primeiro quadrimestre de 2010, o volume de consultas ao SCPC, termômetro dos negócios a prazo, subiu 7,7% em relação a iguais meses do ano passado. Considerando apenas abril de 2009 e 2010, a alta nos parcelamentos foi maior ainda, de 11,4%. Já as vendas à vista, medidas pelo SCPC Cheque, aumentaram 6,6% no quadrimestre e 7,2% em abril, ambas na comparação com os mesmos períodos de 2009.


Os números revelam ainda a expansão do crédito, já que as vendas a prazo crescem em ritmo mais acelerado que os negócios à vista, e o uso consciente dessa modalidade, uma vez que a inadimplência caiu. Segundo as estatísticas, os registros recebidos (carnês em atraso) apresentaram queda de 3,4% em abril de 2010 ante o mesmo mês de 2009. Os registros cancelados (que representam os carnês quitados ou renegociados) subiram 4% em igual comparação.


Retomada – O aumento da confiança do consumidor e o alongamento dos prazos para pagamento vêm contribuindo para a melhora nos números do comércio varejista nos últimos meses e deve se manter pelos próximos.


Porém, segundo economistas, é preciso lembrar que a base de comparação é fraca, já que 2009 foi um período muito prejudicado pela crise econômica mundial. Na época, a autoridade monetária brasileira teve que baixar os juros básicos e afrouxar o depósito compulsório que os bancos são obrigados a fazer no Banco Central. Mesmo assim, 2010 está sendo um ótimo ano para o comércio e conta com motivos fortes para acelerar a economia.


Verde e amarelo – Segundo estudos, o desempenho do Brasil na competição mundial de futebol reflete diretamente nas vendas. Afirmam economistas, que quanto mais tempo a seleção brasileira permanecer na Copa, melhor será para os comerciantes. No último campeonato o time foi desclassificado e os lojistas tiveram que fazer uma grande promoção de aparelhos de televisão e de roupas verdes e amarelas.


Na comparação de abril com os março deste ano, houve queda tanto nas vendas a prazo quanto nas à vista, mas a estatística foi prejudicada pelo efeito calendário. O SCPC caiu 16% e o SCPC Cheque, 10,3%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário