terça-feira, 18 de maio de 2010

Em 18 meses, mais 8 mi de famílias ganham condições de comprar carro


Poder de compra do brasileiro sobe com alta da renda e prazos mais longos.
Situação deve se manter mesmo com Selic maior, dizem especialistas.

O sonho de parar de andar de ônibus e ter suas próprias quatro rodas é uma realidade para cada vez mais brasileiros. Nos últimos 18 meses, 8 milhões a mais de famílias passaram a ter a condições de comprar um carro, mostra um estudo do banco Santander.

Isso aconteceu por uma conjunção de fatores: o preço do carro caiu 6,5%, com o efeito do desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); os juros para quem compra caíram, seguindo a queda da taxa básica da economia, a Selic; e o prazo máximo de financiamento para compra de veículos subiu de 72 para 80 meses.

Com tudo isso, a parcela de um carro zero passou de cerca de R$ 744 em setembro de 2008 para cerca de R$ 557 em março deste ano. E além de a parcela ficar menor, a renda média subiu, de R$ 1.241 para R$ 1.408 no mesmo período. Por fim, mais gente conseguiu emprego com carteira assinada, o que dá mais confiança para assumir dívidas de longo prazo: nesses 18 meses, foi criado um milhão de vagas formais.

O resultado disso, conclui o Santander, é que hoje 35,6% das famílias podem comprometer até 30% da renda com a parcela do carro, percentual que era de 20,7% em setembro de 2008.

E o efeito observado nos carros também está acontecendo com outros produtos, como linha branca e eletrônicos. “O poder de compra aumentou muito nesse período”, diz Luiza Rodrigues, economista do Santander e autora do estudo. “Além disso, o emprego formal é muito importante para o crédito.”

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